INOVAÇÃO TECNOLÓGICA APLICADA À NEGÓCIOS
O controle de uma empresa pressupõe organização e melhoria constante de processos, através de inovação tecnológica. Com isso, é possível atualizar os produtos, de forma que seja alcançada a otimização nos resultados, agregando valor ao negócio. Custo menor, lucro maior, produto eficiente, satisfação do cliente.
Então podemos concluir que inovação tecnológica é o segredo de uma empresa desenvolvida, moderna e que pode crescer ainda mais quando aliada à boas estratégias de marketing.
A tecnologia, já sabemos, veio para ficar definitivamente, em evolução exponencial, com estudos cada vez mais aprofundados, identificam nichos e oportunidades de mercado e garantem ofertas de produtos cada vez maiores, de interesse dos consumidores. Esses consumidores observam mais atentamente as empresas que se preocupam com isso.
Desta forma, o investimento em inovação, implica maior controle, criação de bons indicadores e melhoria de gestão, fazendo com que seus produtos sejam de qualidade e serviços diferenciados.
Diante deste cenário inovador, procuramos um profissional experiente em Inovação, Cesar S. Cesar, que nos últimos 15 anos vem ocupando cargos de liderança em Produtos, Design e Soluções de Tecnologia em multinacionais e startups como Google, Seek, Zenvia e Xerpay, e pode nos falar mais apropriadamente sobre o tema.
Conhecendo o profissional Cesar
Cesar é um executivo sênior de Produto & Tecnologia com mais de 15 anos de experiência em liderança em multinacionais e startups na América Latina – como Google, Seek, Zenvia e Xerpay. Começou a codificar aplicativos de negócios muito jovem, aos 16 anos de idade, e teve um início de carreira como um empreendedor de tecnologia, sendo fundador/sócio de 4 startups – com 3 exits bem-sucedidos.
Em 2012, mudou de rumo para uma trilha executiva, para escalar sua paixão: criar produtos digitais inovadores que os clientes adoram e que aceleram o crescimento das empresas.
Durante sua carreira já desenvolveu mais de 50 novos produtos digitais B2C, B2B e Marketplace, que juntos alcançaram 320 milhões de usuários globalmente, além de dirigir a operação de centenas de outros produtos.
Cesar é Cientista da Computação pela PUC-RIO, com MBA pelo IBMEC/RJ e cursos de especialização em instituições globais renomadas como Singularity University, mas gosta mesmo de aprender devorando livros e blogs e colocando tudo em prática.
Perguntas:
1 – Sabemos que hoje em dia, ficar parado tecnologicamente é sinônimo de estagnação e por consequência, perder terreno para os concorrentes. Assim, investir em inovação, se tornou uma necessidade para qualquer tipo de empresa, principalmente na indústria e varejo, seguindo até para educação, alimentação, etc.
Com base nesse parâmetro de modernização, como você vê, a partir do seu conhecimento técnico, o melhor caminho para a disseminação de uma cultura da inovação nas empresas, salientando que muitas ainda se mantêm enraizadas no modelo tradicional de fabricação e vendas?
Cesar – Bom, primeiro é importante lembrar que inovação tem que ser promovida de cima. Então é o Board – membros do Conselho de Administração –, o CEO e os C-levels, que vão entender que sem inovação, a empresa está eventualmente fadada ao fracasso, já que se ela não inova, vários concorrentes inovam e principalmente as startups inovam e acabam com o negócio delas.
Então começa de cima, com esse entendimento e a conscientização da empresa que todos precisam inovar. Inovar em função dos problemas e necessidades dos clientes. Inovar não é só desenvolver novos produtos, é simplificar processos, ter criatividade nos modelos de negócio, criar experiências incríveis para os clientes em todos os touchpoints com a empresa.
Segundo passo, não existe uma área de Inovação, todos inovam e todos inovam nessas frentes que acabei de citar. Então, para começar a promover a inovação é legal criar um projeto inicial, como por exemplo, um produto novo. As áreas mais importantes no processo de inovação são as áreas de produto, design e engenharia. Mas como disse e reforço, toda a empresa inova.
Logo, representantes dessas três áreas podem formar uma equipe multidisciplinar (hoje conhecidas como squad) com representantes de outras áreas importantes para a experiência do cliente, como marketing, serviços e vendas. O objetivo desta squad será fazer direitinho todo o processo de descoberta, através do qual sua empresa entende uma problema “dolorido” dos clientes e desenvolve um produto para solucioná-lo utilizando metodologias lean e ágil. Ou seja, parte de um problema real dos clientes e vai evoluindo e aprendendo através de protótipos até colocar um produto mínimo viável – apenas com as funcionalidades básicas mais importantes – na mão destes clientes.
Então entenda, o produto vem de fora pra dentro, a empresa começa entendendo uma necessidade do cliente que não é bem atendida pelo mercado, interage com os clientes para testar possíveis soluções, até entregar algo que realmente soluciona o problema, sem funcionalidades extras que vão acabar esquecidas. Não começa de uma ideia do Presidente ou Diretor X, que tem que ser feita, começa por um problema do cliente que pode representar uma oportunidade de crescimento para a empresa que a solucionar! Essa perspectiva muda tudo. A empresa passa a ter essa cultura, de continuamente resolver de formas melhores, mais práticas, mais rápidas, mais baratas, os diversos problemas do cliente. Isso é cultura de inovação!
2 – Do ponto de vista técnico, qual o nível dos profissionais no Brasil na atividade de Inovação, comparado aos melhores do mercado mundial?
Cesar – Dependendo de onde você vai buscar os profissionais, se eles estão por exemplo, dentro de uma startup que já está promovendo inovações ou até uma empresa scale-up, que é a etapa posterior a startup, geralmente você encontra talentos muito bons, tanto de produtos, quanto de design, quanto de engenharia. Existe uma disputa fenomenal por esses profissionais, não só no Brasil, no mundo inteiro.
Então você vai ter que concorrer até com empresas do exterior que estão buscando esses mesmíssimos profissionais, mas a qualidade do que a gente tem no Brasil é excelente, perde apenas para regiões que vivem inovação desde sempre, como é o caso do Silicon Valley e alguns outros polos ao redor do mundo.
3 – Os investimentos privados em Inovação das empresas estão aumentando na área, ou são poucas que se preocupam com isso?
Cesar – Sim, há um entendimento cada vez maior no mercado que realmente é preciso investir em inovação. Isso pode ser muito fácil de identificar quando você ouve falar de “transformação digital”, que é o jargão da moda utilizado quando uma empresa tradicional precisa se transformar para concorrer com as startups que buscam ofertar produtos mais modernos para seus clientes e no final acabam roubando seu negócio. Como eu disse anteriormente, para realizar esta transformação – ou inovar -, você precisa investir em novos produtos, novos processos, novos modelos de negócio, novos canais, tudo isso está envolvendo. E mais importante, colocar o cliente na frente, não o bottom line.
Há um crescimento grande disso e há um mercado cada vez mais maduro, só que dependendo de onde você olha, uma indústria talvez, esteja mais atrás do que uma empresa de serviços, então isso tem graus de maturidade diferentes mas no geral está aumentando.
4 – Você pode citar projetos nacionais que devem ser classificados como icônicos para que empresas se guiem por eles e por que?
Cesar – Um bom exemplo é a área de fintech. Veja o Banco C6, ele começou com uma estrutura híbrida, onde existia ainda um pouco dos burocratas dos bancos tradicionais, mas misturada propositalmente com representantes de produto, design e engenharia. Patinaram um pouco no começo, mas quando engataram, começaram a acelerar de uma forma que hoje criaram um banco completo, muito mais moderno que o Itaú, por exemplo, em pouco mais de 3 anos. O Itaú demorou décadas para fazer isso. Esse exemplo prova como as startups de hoje podem realmente desbancar as incumbentes do setor. O Itaú era o banco mais inovador até 10 anos atrás, hoje startups como C6, Nubank e Picpay começaram com desbancarizados e hoje estão roubando milhões de clientes dos bancos tradicionais, em pouquíssimo tempo, usando seus processos de inovação.
5 – Qual caminho que cada segmento – indústria, comércio, serviços, educação deveriam investir no campo da inovação? Existe um modelo ou tendência?
Cesar – Eu vou dar uma resposta para todos os segmentos. Obviamente existe uma diferença entre segmentos que trabalham com produtos digitais e segmentos que trabalham com produtos físicos – em produtos digitais incluo serviços. É mais rápido e barato inovar no digital do que inovar no físico, mas ambos necessitam inovação. Como falei, o primeiro passo, que se aplica a todos os segmentos, é colocar o cliente no centro.
Os clientes têm necessidades não atendidas ou mal resolvidas. Um novo entrante ou uma empresa em transformação, resolve entender esse problema mais a fundo, incluindo o que não funciona bem nas soluções atuais, e parte para criação de uma solução nova, que resolverá de forma melhor, mais barata, mais rápida, mais prática, esse problema do cliente.
Você cria uma equipe de produto (squad), com profissionais treinados em metodologias ágeis e pensamento lean, para buscar os clientes e identificar problemas. Identificado o problema com maior potencial de negócios, o próximo passo é testar realmente se os clientes de fato se importam com problema, o quanto ele dói, se os clientes estão dispostos a pagar por uma solução nova, e se trocariam a solução atual por uma solução nova. Existem muitas técnicas e ferramentas para isso, e normalmente os profissionais de design e gerentes de produtos tem esta expertise. Se o problema é comprovado, o próximo passo é encontrar a solução, o que é feito através de protótipos que vão evoluindo até o produto viável mínimo através de interações e feedbacks dos clientes que estão participando do desenvolvimento do mesmo.
A nova solução precisa de design, de engenharia de software, de criatividade multidisciplinar, para que venha a resolver o problema de forma muito melhor que as soluções atuais, precisa ser viável tecnicamente e ser adequada em termos legais e financeiros para o negócio.
Este é o modelo aplicado em Silicon Valley há décadas, mas recentemente, na perspectiva organizacional e de gestão, sofreu forte influência da cultura de produtos criada pelo Spotify na Suécia, hoje amplamente difundida em todo o mundo.
Esse modelo organizacional de Squads, que ainda conta com elementos organizacionais como Constelações, Tribos, Chapters, entre outros, consiste em distribuir os produtos da empresa entre pequenos times multidisciplinares – os squads de produto -, que passam a ser seus donos, com total autonomia para tomar todas as decisões referentes ao seu produto, seguindo apenas um guidance geral da empresa. Na prática são pequenas startups, tornando a empresa muito mais ágil que as empresas tradicionais. Começa com um squad pequeno, normalmente tendo como núcleos, profissionais de gestão de produtos, design, e engenharia, e ao longo do tempo crescem conforme o produto evolui, recebendo representantes de marketing, SAC, operações entre outras áreas.
Esse modelo tem funcionado muitíssimo bem e muitas empresas no Brasil já o adotam.
6 – Poderia citar empresas – nível mundial – mais alinhadas à Inovação Tecnológica? O que elas estão fazendo?
Cesar – Vou dar dois exemplos, um global e um latino americano, são bem interessantes. O global é um exemplo de uma transformação digital bem-sucedida, feita pela Microsoft. Se você olha antes da entrada do Satya Nadella (atual CEO), algo como 10, 15 anos atrás, a Microsoft estava perdendo mercado, perdendo valor como empresa, deixando concorrentes como o Google e Amazon entrar no “métier” dela, e depois desse processo de transformação digital, retornou para as top 5 gigantes de tecnologia do mundo, junto com o Google, a Amazon e a Apple, foi sensacional o trabalho que fizeram.
Um dos pilares dessa transformação foi filosófico, eles promoveram o “growth mindset” que é um termo cunhado pela Carol Dweck, mas nesse mundo de tecnologia, a gente conhece como “lean”. Basicamente você parte da ideia que, por melhor que seja a sua formação acadêmica e trajetória profissional, você não sabe de tudo. Você só aprende assumindo desafios, errando e aprendendo com os erros. Isso é a base do desenvolvimento moderno de produtos, vai interagindo com seus clientes pra entendê-los e criar o melhor produto possível para atendê-los.
Na América Latina, acho que o exemplo número um é o Mercado Livre-ML. O Mercado Livre é uma empresa com muitos anos de vida, ela foi inovando desde um marketplace de coisas usadas, para o marketplace completo que é hoje, com praticamente todos os produtos que você venha a desejar à disposição, e tendo a logística como ponto forte. É algo incrível você pedir um produto até as 10h00 da manhã e até às 20h00 ele está na sua casa. Realmente uma experiência fantástica!
Isso não se faz sem um investimento pesadíssimo em Inovação tecnológica, entendendo o que o cliente mais necessita: ninguém quer esperar dois dias, ele não quer esperar o dia seguinte, ele quer comprar hoje e receber o produto agora. Com a logística do ML, você troca a ida ao shopping center por um sistema muito fácil de buscar e selecionar os produtos, e recebe no mesmo dia.
Obviamente esse avanço foi muito fortalecido pela pandemia, que conseguiu fazer o que muitos CEOs tentaram e não conseguiram: acelerar a transformação digital!
Uma informação adicional sobre o Mercado Livre, o último relatório da e-commerce Brasil, diz que o Mercado Livre tem 33% do tráfico de todo e-commerce brasileiro, ele é maior do que a soma dos dois players que estão abaixo dele.
7 – Fale sobre suas experiências na área. Como se interessou pela atividade, como foi seu processo de aprendizado e como você está lidando com isso hoje, após adquirir conhecimento?
Cesar – Foram quase 30 anos para evoluir ao estágio que eu estou hoje, mas acho que o maior driver foi ter sido empreendedor de tecnologia. Comecei a empreender bem cedo e, paralelamente, trabalhar com programação de computadores. Sou autodidata, resolvi escolher alguns modelos para seguir: Steve Jobs, Bill Gates, Larry e Sergey, foram caras absolutamente inovadores na indústria. Através destes modelos eu entendi como o Silicon Valley funcionava, criavam empresas ao redor de produtos que resolviam de forma brilhante problemas dos clientes, as áreas de marketing, vendas e operações suportavam a distribuição e operação dos produtos, e não ao contrário como as empresas que existiam antes.
Então, pensar primeiro no cliente, entender que a gente não conhece seus problemas sem sair do escritório – somente conversando com eles e observando-os no seu dia a dia -, que a gente não pode criar uma solução incrível antes de entender profundamente o problema, são fundamentos que entendi bem cedo em minha carreira. Hoje eu trabalho como CPO – Chief Product Officer – respondendo para o CEO das empresas, mas essa nomenclatura, ser um profissional de produtos, é recente, começou a ser difundida por volta de 2011.
A HP inventou a posição de Gerente de Produtos em 1960, no Silicon Valley ficou conhecida desde então. Outro ponto absolutamente importante na evolução da minha “cultura de produto” foi o modelo do Spotify, que mencionei anteriormente. A partir do momento que juntamos a expertise em desenvolvimento moderno de produtos ao modelo de gestão organizacional do Spotify, as coisas começaram a evoluir muito mais rápido, então basicamente essa é a fórmula.
Acho que uma fase importantíssima também na minha evolução foi minha passagem no Google, onde realmente consegui entender “por dentro” as engrenagens que suportam colocar clientes no centro, a lançar produtos rapidamente, a entender que a inovação é meio caótica, vêm de diversos lugares da empresa, e que não tem problema ser assim, muito pelo contrário, isto deve ser incentivado.
Para quem está começando, existe conteúdo infindável sobre desenvolvimento de produtos e inovação na internet, em sites como Mind the Product, Silicon Valley Product Group (SVPG) do guru Marty Cagan, da Teresa Torres, expert em Customer Discovery. E existem cursos online bons e baratos como os do Cole Mercer na Udemy, os maravilhosos cursos da PM3, do meu amigo e colega Marcell Almeida, e cursos presenciais como os da Tera. Eu recomendo que comece por esses cursos e se for um autodidata como eu, vá atrás de conteúdo e newsletters de design e gestão de produtos.
8 – Como você vê o campo de visão computacional? Os produtos, ferramentas, soluções, sistemas disponíveis estão bastante avançados. Já é possível identificar pessoas, saber suas preferências, sua idade, sexo, nível de consumo, frequência e até fidelização. Ou seja, as áreas de Operação, Marketing e Vendas possuem dados valiosos para tomar decisões. Você acha que a Inovação tecnológica pode trazer os clientes ainda mais próximos da empresa?
Cesar – Todo campo de inteligência artificial, machine learning, deep learning, de uma forma geral, evoluiu absurdamente nos últimos 10 anos, e essa evolução permitiu muitos tipos de serviços. Entre eles, o que eu mais admiro é justamente a visão computacional, que pode ser aplicada desde personalizar o comércio, até dirigir um carro autonomamente, sem motorista.
A 3RCorp por exemplo, tem um sistema fantástico que consegue identificar uma face humana, digitalizar e armazenar as características dessa face no primeiro acesso a uma loja física, para que em futuros acessos você possa, por exemplo, personalizar o atendimento e promoções, integrando os sistemas de AI e CRM. Conseguindo associar a face à identificação do cliente no sistema da loja, você pode por exemplo personalizar a comunicação na gôndola, falando “fulano”, olha que produto legal pra você levar hoje, e com 5% de desconto.
O ideal é ter o sistema POS da loja integrado ao sistema CRM e ao Big Data, cruzar todos esses dados e chegar a uma recomendação perfeita, no momento perfeito. No próximo passo de evolução, imagine quando todo mundo tiver leitor de código de barras no cesto de lixo, você descarta uma caixa de leite e o sistema registra que você precisa repor aquele produto, aí quando você entra na loja, um monitor na entrada, ou seu próprio celular, lembra que o seu leite acabou.
Esse tipo de serviço já é possível hoje, a parte mais difícil é a integração de tudo isso, e fazer o Big Data funcionar proativamente para fornecer essas recomendações. Sou super fã dessa linha de serviços.
9 – O que te motiva a continuar pesquisando e valorizando essa Área de Inovação tecnológica?
Cesar – Antes de mais nada, eu sou uma pessoa que ama aprender, estou sempre acompanhando o mercado de tecnologia de perto, pra justamente entender as novas ferramentas. Também sou um cara que amo entender outras pessoas, então isso me traz uma facilidade de enxergar os problemas dessas pessoas e com o conhecimento de tecnologia e produtos, pensar em como solucionar estes problemas. Mas na essência, eu sou um eterno curioso, quem quiser trabalhar com inovação, tem que ter essa curiosidade e essa vontade de servir cada vez melhor, usando as tecnologias de ponta.
Importante lembrar, a tecnologia não é o fim, ela é o meio, então você usa a tecnologia pra dar uma solução melhor para um problema mal resolvido.
10 – Você tem projetos em andamento?
Cesar – No momento eu tenho um projeto sabático, eu tirei um ano pra focar nele: estou criando bots para trading de criptomoedas. São robozinhos que ficam analisando os movimentos de cada uma das criptomoedas, para identificar o melhor momento de compra e o melhor momento de venda e executar estas operações. É um desafio dificílimo, se fosse fácil, tava todo mundo rico, mas eu venho num ritmo de pesquisa intenso de quatro anos, e acelerei bastante neste sabático. Estão entrando em operação, e se comprovarem ser bem sucedidos, provavelmente abrirei este serviço ao público. Interessados podem se inscrever na fila em https://www.beatcoins.org.